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A SpeechCare - serviços especializados em Terapia da Fala, com mais de 5 anos de atuação, é uma empresa constituída por uma equipa qualificada e especializada, de profissionais empenhados na prevenção, avaliação, diagnóstico, tratamento e investigação da comunicação humana e das perturbações associadas, como situações de patologia da fala, da voz e da linguagem oral e escrita e da deglutição. A atuação da SpeechCare engloba:
- Consultas de Terapia da Fala;
- Ações de Intervenção precoce (ex.: Divulgação de Sinais de Alarme para despiste e Rastreios);
- Ações Informativas (ex.: Artigos de Interesse, Folhetos, Aconselhamento e Fornecimento de Estratégias);
- Projetos de Formação;
- Projetos de Investigação.
A Equipa da SpeechCare realiza um trabalho multidisciplinar em colaboração e parceria com Jardins-de-infância, Escolas, Instituições Geriátricas (Lares, Centros Dia, Residências Assistidas, Instituições de Apoio Domiciliário) e Clínicas nos concelhos de Mafra, Loures, Odivelas, Sintra, Cascais, Oeiras, Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Portimão e no Funchal.
Projeto +Terapia da Fala
O Projeto +Terapia da Fala é um projeto de Responsabilidade Social com quatro grandes objetivos:
- Dar a conhecer o trabalho da Terapia da Fala à Sociedade Portuguesa, pois entendemos que (ainda) existe um elevado grau de desconhecimento em relação à área de actuação do Terapeuta da Fala e o diferencial que pode ser na vida de quem tem algum tipo de perturbação da Comunicação, Linguagem, Fala e Deglutição.
- Possibilitar o acesso a serviços de Terapia da Fala a pessoas que por diversos motivos não conseguem recorrer.
- Sensibilização a cuidadores em relação às áreas da Comunicação, Linguagem e Fala.
- Aumentar a procura dos serviços de Terapia da Fala.
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui um grave problema de saúde pública em Portugal e representa a maior causa de morte e incapacidade no nosso país. Para além da idade, o estilo de vida sedentário e a hipertensão arterial são os dois maiores factores de risco para este flagelo.
O AVC constitui a segunda doença cardiovascular que mais mata na Europa (1,3 milhões de óbitos por ano - 14% do total de mortes) ou incapacita com elevado grau de dependência (8 milhões de europeus sobreviveram a um AVC).
As alterações de comunicação (fala, linguagem) e deglutição que podem surgir após um AVC condicionam marcadamente a funcionalidade e autonomia do indivíduo para a realização das actividades da vida diária.
As perturbações de comunicação apresentadas pelo indivíduo podem compreender dificuldades na compreensão e expressão da mensagem (afasia), na mobilidade e coordenação dos músculos responsáveis pela produção da fala (disartria), ou na programação cerebral dos movimentos necessários para produzir os sons (fonemas), e consequentemente, as sílabas e as palavras (apraxia do discurso).
As dificuldades de deglutição que podem decorrer de um AVC comprometem a capacidade de mover o bolo alimentar, com segurança, da cavidade oral até ao estômago (disfagia).
O indivíduo com disfagia apresenta um elevado risco de “desvio de rota” do bolo alimentar, que pode resultar em bloqueios da via aérea (apneia) ou aspiração do alimento (líquido ou sólido) que pode conduzir a infecções pulmonares, coo pneumonias por aspiração que constituem uma das maiores causas de internamento hospitalar e a principal causa de morte, nestes indivíduos.
O terapeuta da fala intervém com o objetivo de diminuir as perdas e potencializar as capacidades comunicativas e de deglutição do indivíduo, contribuindo para o aumento da sua funcionalidade e autonomia na realização das actividades do dia-a-dia.
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Gonçalo de Oliveira Franco Leal Possui Licenciatura em Terapia da Fala pela Escola Superior de Saúde Egas Moniz. Doutorando em Ciências da Cognição e da Linguagem pelo Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Católica Portuguesa. Docente convidado na Escola Superior de Saúde Egas Moniz. Coordenador Clínico da SpeechCare e da SpeechEasy Portugal (Janus Development Group, EUA). Participação em congressos nacionais e internacionais como orador. |
É importante refletir sobre a forma como a criança explora e apreende os conceitos do novo mundo que a rodeia. Compreender o papel das brincadeiras do faz de conta e do esconde esconde, o aparecimento das primeiras palavras e como surgem finalmente as frases, tornam o desenvolvimento da criança um desafio.
Ao longo do seu desenvolvimento as crianças vão aprendendo a comunicar de acordo com as regras da comunidade onde estão inseridas e o estímulo que recebem. É, então, através da interação de vários fatores (biológicos, psicossociais, cognitivos e biológicos que as crianças desenvolvem a linguagem).
Qual a importância do saudável desenvolvimento linguístico?
As crianças com alterações ao nível da linguagem e da fala, poderão ter dificuldades ao nível da socialização, aprendizagens (nomeadamente da leitura e da escrita) e podem comprometer de forma decisiva o sucesso escolar.
Desta forma, é fundamental que cuidadores (pais, educadores de infância) estejam atentos a determinados sinais de alarme, de forma a não comprometer a igualdade de oportunidades destas crianças.
Quais os sinais de alarme no desenvolvimento da linguagem?
Até aos 16 meses: Não reage a sons nem dirige o olhar para a fonte sonora; Não sorri nem estabelece contato ocular; Não produz nenhum som;
Até aos 2 anos: Não responde ao nome; Não diz nenhuma palavra de forma correta; Não identifica objetos que lhe são familiares; Não compreende o “Não”, nem ordens simples (ex: Dá-me a bola);
Até aos 4 anos: Vocabulário reduzido e pouco inteligível; Discurso de difícil compreensão: troca de sons frequentes;
Depois dos 4 anos: Não compreende nem conta histórias ou acontecimentos do dia-a-dia, Não faz perguntas; Gagueja com esforço físico associado, fica rouco com frequência; dificuldade em compreender o que a criança diz.
Preocupados em relação ao desenvolvimento da linguagem e fala da criança? O que fazer?
O Terapeuta da Fala é o profissional habilitado para avaliar e aconselhar estas alterações. A intervenção precoce, tal como em todos os distúrbios é a mais eficaz. Numa era em que a expressão Custo-Benefício está na ordem do dia, nunca é demais procurar aconselhamento junto de um profissional qualificado e assim assegurar o melhor para o seu filho
Quer saber mais?
Tem dúvidas?
Envie-nos em email para geral@terapiafala.com
Pais devem estar alerta se crianças têm dificuldades em sugar na mama ou no biberão
Será que existe uma relação entre o desenvolvimento da alimentação e o desenvolvimento da linguagem e da fala? E será que as crianças que se alimentam melhor falam melhor? O que significa alimentar-se bem? Significa mamar bem, saber engolir e mastigar ou comer de uma forma saudável?
Logo que o bebé nasce, é capaz de sugar na mama ou na tetina e tem de coordenar em simultâneo três funções principais: sugar, engolir e respirar.
Passados 4 a 6 meses terá de coordenar apenas o engolir com o respirar, quando come papas, e, a partir dos 8 meses inicia a mastigação que irá coordenar com a deglutição e a respiração.
Estas funções são fisiológicas, gradativas e desenvolvem-se de forma natural e espontânea à medida que a criança cresce e se desenvolve. Todas estas mudanças na alimentação, funcionam como um óptimo exercício para os músculos da boca, que são os mesmos que usamos para falar. É como se houvesse gradualmente uma preparação da boca tanto para nos alimentarmos como para falarmos.
Alimentação saudável e variada
Cada criança tem o seu ritmo e algumas prolongam as suas etapas na alimentação, e isso não significa, necessariamente, que irão ter dificuldades ao nível da fala ou da linguagem. No entanto, durante o desenvolvimento oral, estas funções têm um tempo próprio e seguro para acontecer, correndo o risco de se sobreporem umas às outras e de atrasar o seu desenvolvimento.
Assim é essencial que os pais e educadores estejam atentos aos sinais de alerta da criança como: ter dificuldades em sugar na mama ou no biberão, uso prolongado da chucha ou biberon, respirar pela boca e babar-se de forma exagerada, engasgar-se, vomitar ou tossir durante a alimentação, guardar a comida nos cantos da boca, ter dificuldades em mastigar e engolir, recusar alimentos de certas consistências, texturas, sabores e temperaturas, recusar lavar os dentes e perder de peso.
Deste modo, promover uma alimentação saudável, em que a criança terá gosto de se alimentar, em que saberá mastigar e engolir e que gostará de estar sentada à mesa com a família, constituirá um fator positivo para um desenvolvimento mais harmonioso da fala e da linguagem.
Ao início são sons sem sentido aparente, sobretudo vogais. Segue-se a repetição de consoantes (ma-ma-ma) e as mães sorriem e dizem “Já viste? Já diz mamã!”. Este processo de desenvolvimento, que numa fase inicial aparenta não ter qualquer significado, aos poucos vai se tornando cada vez mais percetível e adequado.
Como saber se o desenvolvimento da linguagem está exactamente dentro do que é esperado para a idade?
Não existe uma data precisa para determinar se o desenvolvimento da linguagem está adequado ou não. O que sabemos é que a criança desenvolve a aprendizagem da língua desde muito cedo e as diferenças individuais, de carácter orgânico e comportamental, é que irão determinar o momento em que a criança começará a falar.
O que fazer para o meu filho começar a falar o mais rápido possível?
Os pais devem agir naturalmente em relação a este tema, a pressa ou ansiedade transmitida às crianças poderão ser uma barreira.
A aquisição da linguagem deve ser feita por experiências positivas. Apesar de sabermos o papel da imitação, no processo de aquisição da linguagem, é importante que isso aconteça de forma natural, sem pressões, para que a criança tire o máximo prazer em verbalizar. Para além do prazer, é importante a criança sentir que tem algo a ganhar, sentir que ao verbalizar gera um comportamento no outro (satisfazer as suas necessidades, desejos ou pura brincadeira).
Os pais são o maior modelo para a criança. Por este motivo, é fundamental falar adequadamente com os filhos. Não os “imitar”, não inventar um vocabulário que só os próprios compreendem. Este tipo de situação pode constituir uma barreira ao saudável desenvolvimento da Linguagem.
Se por um lado as palavras inventadas podem reforçar o laço afetivo entre pais e filhos, por outro estarão a criar e reforçar um vocabulário que é uso exclusivo para a família, que poderá limitar a criança na relação/ comunicação com os outros. Facilmente poderemos compreender a relação entre a linguagem e o processo de socialização/comportamento.
O que posso fazer para facilitar a aprendizagem da leitura e da escrita?
Aprender a ler e a escrever não é um processo inato e natural como o ato de aprender a falar. A estabilidade de competências como a linguagem oral, o conhecimento sobre a escrita e a consciência fonológica podem influenciar o início do ensino formal das crianças.
A consciência fonológica está relacionada com a capacidade de pensar sobre a língua oral, sendo que esta inclui a consciência de que a fala pode ser segmentada em unidades mais pequenas (segmentação das frases em palavras, as palavras em silabas e as silabas nos sons que as constituem). É ainda o conhecimento fonológico, que permite identificar de que as palavras “janela” e “canela” rimam, que as palavras “garrafa” e “galinha” iniciam com a mesma silaba ou ainda que a palavra “bolacha” tem mais silabas do que a palavra “cama”. Esta capacidade de “manipular” os sons é considerado um dos melhores indicadores se a criança terá facilidade (ou não) na aprendizagem da leitura e escrita.
Como posso estimular a Consciência Fonológica?
É suposto que estas competências estejam adquiridas entre os 5 e os 6 anos, contudo com o aproximar da entrada no 1º Ciclo, podem se realizar algumas tarefas para ajudar no seu desenvolvimento/ consolidação.
1. Dividir as palavras em silabas e posteriormente em sons/letras
(bola – bo.la – b.o.l.a) (cama – ca.ma – c.a.m.a)
2. Jogos de rimas – ex: dizer 3 palavras à criança para esta encontrar as duas que rimam
(cão – pão – pá) (pato – gato – peixe)
3. Pedir à criança para dizer palavras que comecem por determinado som/letra
(“Diz-me palavras que comecem por /p/ “ - pato, pinto, pátio, porta, etc)
A facilidade na aprendizagem do processo da leitura e escrita, é um reforço para a literacia e o sucesso escolar. Estes “jogos de estimulação” podem ser feitos em qualquer lado (carro, praia, casa) e podem envolver toda a família de uma forma única e divertida.
Dia Mundial da Voz comemora-se a 16 de abril
Logo nos primeiros instantes de vida, anunciamos a nossa chegada com um vigoroso choro, que rapidamente se traduz nas sonoras gargalhadas de quem nos espera. Crescemos e comunicamos a cada momento, recorrendo, também, à voz.
Revelamos sentimentos, influenciamos os outros, tomamos decisões ou fechamos negócios recorrendo a um instrumento tão precioso, que por vezes não sabemos cuidar.
Como produzimos voz?
Tal como numa guitarra, o som realizado é resultado da vibração das cordas. Esse som propaga-se no ar e é amplificado na caixa-de-ressonância do instrumento. À sua imagem, é na laringe que se localizam as cordas vocais que, vibrando à passagem do ar expiratório, produzem voz que é modulada de acordo com o que desejamos, nas cavidades de ressonância: laríngea, nasal e oral. Os órgãos articuladores (lábios, língua, entre outros) vão depois “transformar” a voz em fala.
As alterações da qualidade vocal podem ter um impacto profundo na qualidade de vida a vários níveis: físico (como alterações da capacidade respiratória), funcional (dificuldade em comunicar em determinados ambientes e em atividades profissionais) e emocional (alteração da autoimagem e autoestima).
Partilhamos histórias, conversamos, realizamos pedidos... Ao imaginar que para que tal aconteça precisamos de voz, faz-nos pensar o quanto ela precisa ser bem cuidada.
Cuidados a ter com a voz
1. Evite fumar
2. Evite bebidas alcoólicas
3. Cuidado com o ar condicionado e mudanças bruscas de temperatura
4. Evite o pigarro e tosses frequentes
5. Beba água
6. Mantenha uma boa postura corporal, possibilitando a movimentação da laringe e a projeção adequada da voz
7. Evite gritar ou falar durante muito tempo
8. Quando fizer uso prolongado de sua voz faça um repouso vocal de pelo menos 30 minutos (Qualquer alteração vocal superior a 15 dias deve ser avaliada pelo Terapeuta da Fala e/ou pelo Otorrinolaringologista)
Tem dúvidas sobre a sua voz? Envie-nos um email para geral@terapiafala.com
O + Terapia da Fala assume-se como um projecto de responsabilidade social da SpeechCare e apresenta quatro grandes objectivos:
- Dar a conhecer o trabalho da Terapia da Fala à Sociedade Portuguesa, pois entendemos que (ainda) existe um elevado grau de desconhecimento em relação à área de actuação do Terapeuta da Fala e o diferencial que pode ser na vida de quem tem algum tipo de perturbação da Comunicação, Linguagem, Fala e Deglutição.
- Possibilitar o acesso a serviços de Terapia da Fala a pessoas que por diversos motivos não conseguem recorrer.
- Sensibilização a cuidadores em relação às áreas da Comunicação, Linguagem e Fala.
- Aumentar a procura dos serviços de Terapia da Fala.
Terapeuta da fala e ex-paciente com gaguez refletem sobre a perturbação que afeta 10 mil portugueses.
Mais de 10 mil portugueses são afetados pela disfluência comunicacional mais conhecida por gaguez.
No âmbito do Dia Mundial da Gaguez, assinalado esta segunda-feira, o terapeuta da fala, Gonçalo Leal, e Luís Machado, ex-paciente com gaguez que ultrapassou esta perturbação através de terapia, partilham as suas visões sobre o que é e como é sofrer de gaguez.
A gaguez caracteriza-se por uma alteração no ritmo da locução, surgindo repetições ou bloqueios, que provoca uma ruptura ao nível do ritmo e da melodia do discurso.
Atualmente, constata-se que cerca de 80 por cento das pessoas com gaguez acabam por recuperar de modo espontâneo.
Normalmente, essa recuperação desenvolve-se até aos 16 anos, idade em que termina a adolescência.
A SpeechCare - serviços especializados em Terapia da Fala, com mais de 5 anos de atuação, é uma empresa constituída por uma equipa qualificada e especializada, de profissionais empenhados na prevenção, avaliação, diagnóstico, tratamento e investigação da comunicação humana e das perturbações associadas, como situações de patologia da fala, da voz e da linguagem oral e escrita e da deglutição. A atuação da SpeechCare engloba:
- Consultas de Terapia da Fala;
- Ações de Intervenção precoce (ex.: Divulgação de Sinais de Alarme para despiste e Rastreios);
- Ações Informativas (ex.: Artigos de Interesse, Folhetos, Aconselhamento e Fornecimento de Estratégias);
- Projetos de Formação;
- Projetos de Investigação.
A Equipa da SpeechCare realiza um trabalho multidisciplinar em colaboração e parceria com Jardins-de-infância, Escolas, Instituições Geriátricas (Lares, Centros Dia, Residências Assistidas, Instituições de Apoio Domiciliário) e Clínicas nos concelhos de Mafra, Loures, Odivelas, Sintra, Cascais, Oeiras, Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Portimão e no Funchal.
Sinais de Alarme no Desenvolvimento da Linguagem e Fala - O papel do profissional de educação